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domingo, 6 de fevereiro de 2011
DEPUTADOS NA SUÉCIA
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quarta-feira, 9 de junho de 2010
O maior picles do Brasil
Se o Brasil fosse uma grande lanchonete, possivelmente os três ingredientes principais seriam São Paulo, Rio de Janeio e Brasília. O Paraná estaria lá, faria parte do pedido principal, mas não valeria como sedutor.
Deixando as metáforas alimentares de lado, vamos falar do que deveria importar. Hoje aconteceu a manifestação contra a corrupção no estado, organizada por diversas entidades, na Boca Maldita. Ela é uma extensão do que começou com os Diários Secretos, assunto que eu comentei na última postagem.
Além do protesto, apresentou-se também um projeto de lei elaborado pela Associação Paranaense dos Juízes Federais (Apajufe), com o apoio da seção estadual da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-PR), que pretende dar mais transparência aos assuntos políticos.
Para mim é incrível que na gelada cidade de Curitiba, milhares de pessoas tenham se aglomerado para protestar. Lembro aqui que no final da postagem passada eu perguntava "E agora?". O começo aconteceu. O próximo passo é não deixar o assunto morrer, e, claro, não votar nos envolvidos. Talvez até votar nulo em tudo, por quê não?
Saiba mais sobre o assunto clicando aqui
Bernardo Staut
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quarta-feira, 2 de junho de 2010
Os diários secretos
Para quem não sabe, ou não acompanhou por completo, a RPC começou em março o especial Diários Secretos, que expõe a rede de corrupção formada por funcionários fantasmas. Tive a oportunidade de participar de uma palestra com três dos principais jornalistas do caso.
A história realmente é de cinema. O trabalho, que durou mais de dois anos, começou com denúncias esparsas, que indicaram o caminho. Os diários oficiais são compilações de todas as movimentações de trabalho e dinheiro da Assembléia do estado, e supostamente deveriam ser de acesso público. A questão é que havia diários avulsos, impressos em datas diversas, onde os deputados colocavam nomes de pessoas contratadas sem que essas realmente existissem.
O esquema rendia em torno de 1 milhão por semana. Para quebrar isso, diversas micro-câmeras foram usadas pelos jornalistas, para gravar declarações de funcionários fantasmas, que em alguns casos ganhavam 100 ou 200 reais para emprestar o nome ao político.
Até o diretor-geral da Assembléia, Abib Miguel, o Bibinho, está preso, há 36 dias - fato raro na política. Herdeiro do estilo de Anibal Cury, ele era responsável pelas movimentações financeiras do local, sendo o possível comandante da rede.
E agora? Esperamos eles montarem um novo método?
Bernardo Staut
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quinta-feira, 8 de abril de 2010
MAIS EU TENTO, MENOS EU ENTENDO
Sarney pode assumir Planalto
Vinte anos depois de deixar o Palácio do Planalto e nove meses após protagonizar um escândalo de corrupção, tráfico de influência, lavagem de dinheiro e nepotismo, o senador José Sarney (PMDB-AP) terá direito de voltar, na próxima semana, a sentar na cadeira de presidente da República.
matéria do ZeroHora de hoje, que você confere na íntegra clicando no título
dica do meu amigo João Pedro
thunder
segunda-feira, 5 de abril de 2010
segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

A frase acima é de Karl Marx, e se referia basicamente ao proletariado. Mas, poderíamos colocar ai as torcidas, que, ironicamente, são torcidas organizadas. Estava no jogo do Coxa ontem, aquele que, como todos devem saber, terminou quase como uma guerra. Uma guerra com dois lados: os torcedores do coxa e os outros, estando aí a arbitragem, os torcedores do fluminense, a polícia e o próprio time do Coritiba.
Prefiro colocar aqui outro lado, o lado do poder das multidões. Se 150 pessoas que estavam no conflito conseguiram fazer tanto estrago, imagine se as 35 mil resolvessem descer ao gramado. Na massa é necessário apenas um líder para convencer multidões. E se é possível fazer tanto por causa de um time, deveríamos estar em Brasília. Lá sim precisaríamos de um líder.
Se quiser saber mais, clique aqui.
Bernardo Staut
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terça-feira, 24 de novembro de 2009
ADEUS, FERNANDO HENRIQUE CARDOSO
Fernando Henrique Cardoso foi um presidente da República limítrofe, transformado, quase sem luta, em uma marionete das elites mais violentas e atrasadas do país. Era uma vistosa autoridade entronizada no Palácio do Planalto, cheia de diplomas e títulos honoris causa, mas condenada a ser puxada nos arreios por Antonio Carlos Magalhães e aquela sua entourage sinistra, cruel e sorridente, colocada, bem colocada, nas engrenagens do Estado. Eleito nas asas do Plano Real – idealizado, elaborado e colocado em prática pelo presidente Itamar Franco –, FHC notabilizou-se, no fim das contas, por ter sido co-partícipe do desmonte aleatório e irrecuperável desse mesmo Estado brasileiro, ao qual tratou com desprezo intelectual, para não dizer vilania, a julgá-lo um empecilho aos planos da Nova Ordem, expedida pelos americanos, os patrões de sempre.
Em nome de uma política nebulosa emanada do chamado Consenso de Washington, mas genericamente classificada, simplesmente, de “privatização”, Fernando Henrique promoveu uma ocupação privada no Estado, a tirar do estômago do doente o alimento que ainda lhe restava, em nome de uma eficiência a ser distribuída em enormes lucros, aos quais, por motivos óbvios, o eleitor nunca tem acesso.
Das eleições de 1994 surgiu esse esboço de FHC que ainda vemos no noticiário, um antípoda do mítico “príncipe dos sociólogos” brotado de um ninho de oposição que prometia, para o futuro do Brasil, a voz de um homem formado na adversidade do AI-5 e de outras coturnadas de então. Sobrou-nos, porém, o homem que escolheu o PFL na hora de governar, sigla a quem recorreu, no velho estilo de república de bananas, para controlar a agenda do Congresso Nacional, ora com ACM, no Senado, ora com Luís Eduardo Magalhães, o filho do coronel, na Câmara dos Deputados. Dessa tristeza política resultou um processo de reeleição açodado e oportunista, gerido na bacia das almas dos votos comprados e sustentado numa fraude cambial que resultou na falência do País e no retorno humilhante ao patíbulo do FMI.
Isso tudo já seria um legado e tanto, mas FHC ainda nos fez o favor de, antes de ir embora, designar Gilmar Mendes para o Supremo Tribunal Federal, o que, nas atuais circunstâncias, dispensa qualquer comentário.
Em 1994, rodei uns bons rincões do Brasil atrás do candidato Fernando Henrique, como repórter do Jornal do Brasil. Lembro de ver FHC inaugurando uma bica (isso mesmo, uma bica!) de água em Canudos, na Bahia, ao lado de ACM, por quem tinha os braços levantados para o alto, a saudar a miséria, literalmente, pelas mãos daquele que se sagrou como mestre em perpetuá-la. Numa tarde sufocante, durante uma visita ao sertão pernambucano, ouvi FHC contar a uma platéia de camponeses, que, por causa da ditadura militar, havia sido expulso da USP e, assim, perdido a cátedra. Falou isso para um grupo de agricultores pobres, ignorantes e estupefatos, empurrados pelas lideranças pefelistas locais a um galpão a servir de tribuna ao grande sociólogo do Plano Real. Uns riram, outros se entreolharam, eu gargalhei: “perder a cátedra”, naquele momento, diante daquela gente simples, soou como uma espécie de abuso sexual recorrente nas cadeias brasileiras. Mas FHC não falava para aquela gente, mas para quem se supunha dono dela.
Hoje, FHC virou uma espécie de ressentido profissional, a destilar o fel da inveja que tem do presidente Lula, já sem nenhum pudor, em entrevistas e artigos de jornal, justamente onde ainda encontra gente disposta a lhe dar espaço e ouvidos. Como em 1998, às vésperas da reeleição, quando foi flagrado em um grampo ilegal feito nos telefones do BNDES. Empavonado, comentava, em tom de galhofa, com o ex-ministro Luiz Carlos Mendonça de Barros, das Comunicações, da subserviência da mídia que o apoiava acriticamente, em meio a turbilhão de escândalos que se ensaiava durante as privatizações de então:
Mendonça de Barros – A imprensa está muito favorável com editoriais.
FHC – Está demais, né? Estão exagerando, até!
A mesma mídia, capitaneada por um colunismo de viúvas, continua favorável a FHC. Exagerando, até. A diferença é que essa mesma mídia – e, em certos casos, os mesmos colunistas – não tem mais relevância alguma.
Resta-nos este enredo de ópera-bufa no qual, no fim do último ato, o príncipe caído reconhece a existência do filho bastardo, 18 anos depois de tê-lo mandado ao desterro, no bucho da mãe, com a ajuda e a cumplicidade de uma emissora de tevê concessionária do Estado – de quem, portanto, passou dois mandatos presidenciais como refém e serviçal.
Agora, às portas do esquecimento, escondido no quarto dos fundos pelos tucanos, como um parente esclerosado de quem a família passou do orgulho à vergonha, FHC decidiu recorrer à maconha.
A meu ver, um pouco tarde demais.
Rafa
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segunda-feira, 23 de novembro de 2009
Franquistas vão às ruas
Mas, como as opiniões são distintas, nem todo ditador é considerado um problema. Ontem, franquistas foram às ruas de Madri para lembrar o General, morto há 34 anos. Como o fascismo sempre demonstrou, o culto ao líder é um fator importante para que esse tipo de sistema se sustente. Mas, me pergunto, até que ponto o culto a alguém responsabilizado historicamente por milhões de mortes pode ser aceito?
Há aqueles que dirão que esse tipo de atitude deve ser proibida, como as proibições aos símbolos nazistas. Discordo. Temos exemplos de ditadores tanto para a direita quanto para a esquerda, e acredito que devem ser todos expostos. Acredito, inclusive, que a clandestinidade de tais movimentos, considerados "ruins", apenas glamouriza esses cultos.
Muitos judeus, após o Holocausto, falaram sobre a necessidade de esquecer essa mancha histórica. Nesse ponto estou com o sociólogo Zygmunt Bauman, que afirmava ser necessário expor essas manchas, revelar que elas ocorrem independentemente de quão modernos nos julgamos, e que apenas com uma aceitação dessa possibilidade, e do estudo das razões de tais acontecimentos, poderemos, talvez, impedir que aconteçam novamente.
Ao invés de chamar os partidários de Franco de extremistas, deveríamos ouvir os argumentos e rebatê-los. A defesa está principalmente no Revisionismo Histórico, que vê a história como uma realidade contada apenas pelos vencedores, e consequentemente distorcida. Isso retiraria um pouco do peso de casos como os fascismos. Aliás, não precisamos ir muito longe para escutar tais argumentos, já que existem muitos defensores da ditadura brasileira. Contra ou a favor, o regime atual é (supostamente) democrático, e isso inclui discutir e defender as visões, mesmo que consideradas erradas pela maioria.
Bernardo Staut
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segunda-feira, 16 de novembro de 2009
O que fizemos com a conquista?
Em 25 de abril de 84, eram necessários 320 votos de parlamentares para uma alteração na Constituição, número que deixou de ser atingido em grande parte devido ao poder que o partido do governo tinha no plenário. Com militares cercando o Congresso, vários deputados simplesmente se abstiveram de votar, e não compareceram, devido à pressão exercida.
Gostaria de ter presenciado aquela época. A meu ver, era mais fácil, pois sabíamos quem era o “inimigo”. Hoje é tudo muito plural e complicado. As formas de dominação se tornaram mais sutis, e os movimentos sociais se tornaram basicamente inexpressivos ou criminalizados. Além, é claro, da corrupção que domina a classe política.
Bernardo Staut
"Edificar a parte estrutural da casa é fácil. O acabamento exige paciência, tempo e muitos recursos. Conquistar o poder de votar para todos os cargos públicos foi a parte simples da engenharia política. A fase difícil está em curso e os políticos são como os pedreiros nos quais se deposita confiança e se espera que façam com esmero as suas atribuições na obra. Até o ponto onde estamos a parte de acabamento está inferior à estrutural. O Brasil merece bem mais do que se tem feito por ele." Friedmann Wendpap, juiz federal e professor da UTP.
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quarta-feira, 4 de novembro de 2009
DEFENDA OS ANIMAIS DOMÉSTICOS
Segundo a Lei de Crimes Ambientais, é crime praticar ato de violência contra qualquer tipo de animal. Só que tramita no Congresso Nacional um Projeto de Lei (PL 4.548/98) que visa acabar com essa proteção para os animais domésticos.
A intenção do PL é alterar o artigo 32 da Lei de Crimes Ambientais, retirando a expressão "domésticos e domesticados", e assim descriminalizar atos de abuso e maus-tratos contra esses animais.
Portanto, a WSPA Brasil elaborou uma carta online a ser enviada aos deputados federais, pedindo que não aprovem o Projeto de Lei 4.548/98.

É realmente importante que bastante gente participe. Essa palhaçada não pode continuar.
Rafaela
segunda-feira, 26 de outubro de 2009
A profecia
Mas algo ainda mais engraçado, que acabei deixando de comentar aqui no blog: a crise que o senado passou, nos últimos meses. Me refiro a toda a briga entre Sarney, Suplicy, etc. Nosso querido coronel Sarney, que tinha 11 processos no Conselho de Ética, foi absolvido de todos. Inclusive pelos membros do PT, já que 2 deles votaram a favor do coronel. Mas é de se entender, pois antes um país corrupto do que falta de aliança política em ano de eleição.
Após absolver também o líder do PSDB, Arthur Virgílio, que possuia um processo no citado Conselho, os senadores olharam ao seu redor e, em uma epifania estética, decidiram trocar o forro do plenário e retocá-lo, ao preço módico de 12 milhões de reais.
Nada melhor que um senador para definir o momento - "O Senado não está em crise. A crise é o Senado", como afirmou Sérgio Guerra. "Tenho certeza de que o povo não vota mais em nenhum de nós", concluiu. Esperamos que a profecia se concretize.
Bernardo Staut
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segunda-feira, 31 de agosto de 2009
VANUSA $#&$@*!&*$#* O HINO NACIONAL
Rafa