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segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

Terrorismo ocidental


Doze detentos foram liberados de Guantanamo, ontem. Eles foram enviados a seus países de origem, para que sejam liberados ou julgados. O presidente Obama segue na sua tentativa de amenizar um pouco o que foi o governo Bush, que ajudou a deixar os EUA com uma imagem pior do que já possuia. Um desses passos é o fechamento da prisão, que fica em uma base naval norte-americana, na ilha de Cuba. Os presos que não foram liberados serão transferidos para outra prisão, sem data certa, no território dos EUA, que ainda será definida.

Ainda restam 198 pessoas na prisão, famosa pelo seu descuido com os direitos humanos. Criada após os incidentes do 11 de Setembro, para abrigar os que fossem acusados de terrorismo, acabou se tornando um símbolo de truculência. Prisões sem acusações formais, tortura e abuso de poder foram relatados na época.

Para mim, ali ocorre uma total inversão de papéis. Os terroristas estariam sendo os americanos, que invadem um país, sem desculpa válida, prendem pessoas que não são necessariamente envolvidas com atos criminosos, levam para uma ilha longe do país que não costuma ter presença da mídia, e pratica ações que na moral norte-americana seriam no mínimo duvidosas. Vale citar Evo Morales, mesmo não sendo um de seus maiores fãs: "Dizem que o Irã exporta terrorismo. (Os que fazem) são os que mandam tropas a outros países, os que instalam bases militares (...) é o governo dos Estados Unidos que pratica e faz terrorismo neste momento".

Para quem não sabe nada sobre o assunto, vale assistir o filme Caminho para Guantanamo, que conta a história verídica de um grupo de rapazes que viajavam pelo Afeganistão e acabaram presos em Guantanamo. Vendo as cenas do filme, fica muito complicado acreditar no lugar-comum de que os orientais é que são os insanos. Nós também temos grande parte dessa tal "insanidade", com motivos diversos, mas que resultam nos mesmo problemas.

Bernardo Staut

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