Lomadee, uma nova espécie na web. A maior plataforma de afiliados da América Latina
Mostrando postagens com marcador pobreza. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador pobreza. Mostrar todas as postagens

segunda-feira, 24 de maio de 2010

À parte

"O bar em frente ao grande depósito de lixo. A televisão de dez polegadas com sinal fraco. O campo de futebol recentemente reformado. O balanço amarrado no topo da árvore no meio da rua. Esses são alguns exemplos das distrações e do lazer que os moradores da Vila das Torres e Vila Prado consomem todos os dias."

Assim é a abertura da matéria que fiz no sábado passado, na Vila Torres (antigamente conhecida como Vila Pinto) e Prado. Ela faz parte de uma série de reportagens para o jornal laboratório da faculdade apenas sobre as vilas, que são separadas por um rio, próximas a Avenida das Torres.

Tradicionalmente, os bolsões de miséria das cidades entram nas coberturas jornalísticas apenas para contagem de mortos e registro de crimes. Dificilmente você pode encontrar uma visão mais simples, do cotidiano, como a diversão, tema da minha matéria. Esse ressentimento com os jornalistas pode ser sentido no contato da população da vila, que no geral não se abre muito para falar. Fora as figuras centrais, que lutam por direitos, como os presidentes das associações e os religiosos, poucos se dispõe a fazer grandes comentários.

Temas como tráfico e tratamentos desumanos são deixados de lado. Afinal, não são raras as represálias. Apenas cultivando uma amizade com os moradores é possível descobrir os fatos que todos sabem, mas poucos comentam. Um dos mais comuns são os carrinheiros que moram nos "puxadinhos". Trabalhando para grandes depósitos coletores de lixo, eles vivem uma escravidão moderna, já que habitam os depósitos, vivendo em condições precárias, em troca da coleta de lixo.

Andando pela vila, é fácil identificar todos os problemas. A falta de saneamento, de asfalto, de condições básicas de sobrevivência. Os catadores de lixo explorados, os tiros para o alto dos traficantes, as brigas de gangues e o abuso da autoridade policial, está tudo lá, fácil de ser visto. Se olhos de cidadãos comuns podem ver isso, me pergunto, assim como um dos moradores comentou, porque eles são esquecidos?

Bernardo Staut

terça-feira, 20 de abril de 2010

TRISTE E IRÔNICO, MAS VERDADEIRO

thunder

terça-feira, 26 de janeiro de 2010

REALIDADE

Estarreci-me hoje diante da notícia veiculada no site da RPC, onde consta que dois adolescentes, um de 14 anos e outro de 17, foram presos hoje em São José dos Pinhais após terem feito vários disparos com armas de fogo. Com eles, foram encontrados revólveres e bijuterias. O que mais estarrece no caso é a afirmação dos adolescentes de que estavam designados a matar um indivíduo por uma quantia de R$ 400, R$ 200 cada um. Além do mais, eles não sabiam o nome da vítima, somente a descrição física.
Após vários questionamentos internos sobre o assunto, que normalmente não chegam a resultado nenhum, pelo menos nada concreto, lembrei de um comentário do David Coimbra desses dias sobre um assunto semelhante. Ele comentava que pessoas com esse tipo de comportamento, via de regra, não possuem uma referência para praticar o bem, simplesmente porque desconhecem o sentimento prazeroso de receber amor de alguém. E pessoas que nunca receberam amor não sabem dar amor, absolutamente desconhecem o ato de praticar qualquer ação altruísta. E o fato de nunca receberem amor remete a uma situação muito mais ampla, que envolve controle de natalidade, ou a falta de, pobreza, falta de educação e mais "n" motivos.
Conclusão: o buraco é muito mais embaixo do que simplesmente culpar o último e mais fraco elo da cadeia.

Rafa