Numa era de galãzinhos de plástico e pseudo-machinhos fabricados sob encomenda, perdemos um dos últimos estandartes da verdadeira rudeza sensível, aquele tipo de cara que salvava a gata das garras de algum vilão maquiavélico, sempre no maior estilo, e ainda estalava uns ovos pra ela na manhã seguinte, lendo um poema do Neruda. Estou falando de Patrick Swayze.
Desde desconjuntar as cadeiras em Dirty Dancing, apagar uns trampas enquanto saltava de moto em Matador de Aluguel, passando por ajudar a Demi Moore a dar forma aos seus vasos de cerâmica em Ghost, até caçar todas as emoções possíveis com Keanu Reaves em Caçadores de Emoções, esse cara fez de tudo. E com classe.Não apenas pela sua atuação refinada, pela aspereza demonstrada na condução de situações-problema, e a maneira como chegava junto no baila-comigo com as fêmeas, acima de tudo, esse cara era um tremendo gente boa. Sempre falando grosso, mas com seu indefectível sorriso de canto de boca.
O cinema perdeu um dos últimos remanescentes de um modelo de homem que já está quase extinto, e nós, amigos das fortes emoções, perdemos um companheiro.
Rest In Peace
Diego Salles
***Patrick Wayne Swayze morreu hoje aos 57 anos, vítima de câncer no pâncreas, contra o qual lutou por mais de 2 anos.
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