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segunda-feira, 10 de maio de 2010

Agir local

Acho engraçado como certas coisas sempre carregaram o estigma de fúteis e desnecessárias. Um dos exemplo mais fáceis é a moda. Não que eu vá fazer uma defesa dela, até porque não sou um seguidor. Mas acredito que, como muitas outras coisas da vida, pode-se olhar por outro lado e encontrar um novo significado.

No caso do "vestir-se", é possível enxergar por um lado artístico. Usando determinadas roupas e enfeites passamos uma aura de algum estado emocional, histórico e pessoal. Culturas específicas sempre tiveram seus próprios costumes nas roupas, desde as tribos indígenas até as sociedades modernas ocidentais.

Acredito que o problema real está no sentido que você dá ao seu consumo. Até porque, a crítica do consumismo pode ser estendida para vários modelos, como carros, móveis, e até livros (afinal, porque você compra certos artigos culturais novos se eles podem ser encontrados usados?).

Cansei de ver indíviduos cheios de críticas a certos consumos, mas que em sua vida pessoal também nutrem esse comportamento, direcionado para segmentos menos criticados. Reclamavam sobre alguém que gastou 40 reais em uma camiseta, mas gastavam 60 reais em um dia se embebedando, enquanto exaltavam as qualidades negativas do consumo.

Como disse, vejo a solução na motivação que o leva a consumir. Atentando para isso, certamente certos hábitos vão aos poucos se extinguindo, já que perdem o sentido. Agir no extremo do localismo - ou seja, você mesmo -, reduzindo gostos que talvez sejam sem sentido, pode muito bem ser melhor do que tentar agir coletivamente, almejando mudar hábitos do todo.

Bernardo Staut

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