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segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Pequenas igrejas, grandes negócios

O título desse post é um clichê, mas não deixa de ser verdadeiro. Vejo hoje, na Folha de São Paulo, que a reportagem do jornal precisou de R$ 418,42 em gastos com cartório e CNPJ, para fundar uma igreja legalmente autorizada, e que, a partir daí poderia exercer os benefícios que nossa Constituição oferece aos locais de culto: "templos de qualquer culto são imunes a impostos que incidam sobre o patrimônio, a renda e os serviços, relacionados com sua finalidades"; o resultado é simples: as igrejas não precisam pagar IR, IOF, IPTU, ITR, IPVA, e ICMS (apenas em alguns estados).

Juntando aos 418 reais uma quantia necessária para comprar um local de culto, eu poderia criar, por exemplo, a Igreja umdenósdois. Definidos os ministros, estes estariam livres do serviço militar obrigatório e teriam direito a prisão especial. Sim! Um religioso pode ser criminoso, mas obviamente não é igual aos tantos outros que estão lotando as cadeias. Além da sede, poderia registrar outros bens como pertencentes à igreja, e ficar isento dos impostos dos demais mortais. Ah, o dízimo do fiéis não seria esquecido, obviamente. Afinal, quem sustentaria a igreja?

O Estado moderno deve ser laico, e como tal não deveria isentar tais instiuições, a não ser que não resultassem em lucro. Porém, a partir do momento que se tornam empresas, e passam a lucrar, deveriam ser taxadas como qualquer outra instituição terrena. Ou vamos acompanhar ainda mais casos como os da Igreja Renascer.

Bernardo Staut

2 comentários:

Igor Terres disse...

Aleluia, umdenósdois!

Carlos disse...

E dizem que as igrejas são isentas de impostos e taxas por não terem fins lucrativos. Hoje em dia até para rezar se paga e muito bem...e em nome de Deus e Jesus muitos vão enriquecendo pela vida...mas um dia como se diz a justiça divina reinará e cairá sobre estes pobres mortais que usam a fé e a boa crença das pessoas para tirarem vantagens pessoais e financeiras.