hoje mais uma vez com Luiz Carlos Prates, colunista diário do Diário Catarinense
Fácil e difícil
Vasculhei os bolsos a procura por uma moeda de 1 Real. Um Real é o preço de um cafezinho capuccino que está a nossa disposição aqui na empresa. É novidade. Sempre tivemos café de graça, agora há também uma máquina que nos serve cafés diferenciados, esses custam moedas. Chique, sim, bah. Mas não é essa a questão. A questão é que sei que capuccino é um café forte, energético, calórico. Eu já tinha tomado dois, queria agora o terceiro. Sempre soube que não me é saudável tomar tantos cafés "engordativos", fortes como o tal capuccino. Mas toda vez que penso nisso, digo a mim mesmo: - bobagem, é só hoje, amanhã não tomo mais...! Claro, a cada novo amanhã lá estou eu diante da máquina de café, renovando a promessa.
Sabes, leitora, venho a este assunto para dizer que é muito difícil mudar comportamentos. Não seria difícil porque depende só de nós, mas é dificílimo porque depende só de nós... Nada é mais fácil que mudar um pensamento, mas tente quero ver, tente mudar um modo habitual de ser. Se fosse fácil não haveria mais gordos sobre a terra, nem viciados em drogas ou em qualquer ação nefasta à saúde e à felicidade. Ponto.
Vim até aqui porque ontem eu estava mexendo em meus discos e voltei a encontrar um trecho de entrevista dada a uma revista americana pelo Doutor Dean Ornish, uma celebridade mundial em cardiologia. Um desses médicos humanistas, que não fingem ignorar a psicogênese nas cardiopatias e em todas as moléstias. Um médico, enfim, no sentido mais elástico da palavra. Coisa rara, convenhamos e não falemos muito alto para não melindrar dengosos...
O Doutor Ornish diz sem pejos que: "Não conheço nenhuma droga, nenhum recurso da medicina, inclusive as cirurgias, que seja um fator mais determinante da boa saúde do coração do que uma mudança radical do modo de vida a que a imensa maioria das pessoas está habituada..." Perfeito, Doutor Ornish, aperte aqui. O tijolo dessa construção de uma nova vida é, ficou claro, a mudança no estilo, no modo de viver. E o que é isso senão psicologia? Tomo meus cafés de modo indevido, mas me prometo que amanhã não os vou tomar. E tomo. O drogado diz que vai ser só uma dose. E segue em frente, não pára. O que bebe faz a mesma coisa. O mulherengo não se emenda, continua a passar a conversa na esposa até que a "casa" lhe caia sobre a cabeça... E assim somos, fazendo promessas e não as cumprindo. E os estresses das desobediências são gerenciados pelo coração... até que ele perca a paciência. E aí, bom, aí, Socorro, Dr. Ornish.
Vivo dizendo aos jovens nas palestras que qualquer que seja o sonho da pessoa, esse sonho é realizável. Ninguém seria louco de sonhar com o impossível.
Mas é preciso um bom preparo, planejamento, ação e perseveração. Só sonhar é perder tempo. Por quase impossível que seja o sonho, ele está do lado de cá do possível...
mais sobre Luiz Carlos Prates
thunder
Fácil e difícil
Vasculhei os bolsos a procura por uma moeda de 1 Real. Um Real é o preço de um cafezinho capuccino que está a nossa disposição aqui na empresa. É novidade. Sempre tivemos café de graça, agora há também uma máquina que nos serve cafés diferenciados, esses custam moedas. Chique, sim, bah. Mas não é essa a questão. A questão é que sei que capuccino é um café forte, energético, calórico. Eu já tinha tomado dois, queria agora o terceiro. Sempre soube que não me é saudável tomar tantos cafés "engordativos", fortes como o tal capuccino. Mas toda vez que penso nisso, digo a mim mesmo: - bobagem, é só hoje, amanhã não tomo mais...! Claro, a cada novo amanhã lá estou eu diante da máquina de café, renovando a promessa.
Sabes, leitora, venho a este assunto para dizer que é muito difícil mudar comportamentos. Não seria difícil porque depende só de nós, mas é dificílimo porque depende só de nós... Nada é mais fácil que mudar um pensamento, mas tente quero ver, tente mudar um modo habitual de ser. Se fosse fácil não haveria mais gordos sobre a terra, nem viciados em drogas ou em qualquer ação nefasta à saúde e à felicidade. Ponto.
Vim até aqui porque ontem eu estava mexendo em meus discos e voltei a encontrar um trecho de entrevista dada a uma revista americana pelo Doutor Dean Ornish, uma celebridade mundial em cardiologia. Um desses médicos humanistas, que não fingem ignorar a psicogênese nas cardiopatias e em todas as moléstias. Um médico, enfim, no sentido mais elástico da palavra. Coisa rara, convenhamos e não falemos muito alto para não melindrar dengosos...
O Doutor Ornish diz sem pejos que: "Não conheço nenhuma droga, nenhum recurso da medicina, inclusive as cirurgias, que seja um fator mais determinante da boa saúde do coração do que uma mudança radical do modo de vida a que a imensa maioria das pessoas está habituada..." Perfeito, Doutor Ornish, aperte aqui. O tijolo dessa construção de uma nova vida é, ficou claro, a mudança no estilo, no modo de viver. E o que é isso senão psicologia? Tomo meus cafés de modo indevido, mas me prometo que amanhã não os vou tomar. E tomo. O drogado diz que vai ser só uma dose. E segue em frente, não pára. O que bebe faz a mesma coisa. O mulherengo não se emenda, continua a passar a conversa na esposa até que a "casa" lhe caia sobre a cabeça... E assim somos, fazendo promessas e não as cumprindo. E os estresses das desobediências são gerenciados pelo coração... até que ele perca a paciência. E aí, bom, aí, Socorro, Dr. Ornish.
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SonhosVivo dizendo aos jovens nas palestras que qualquer que seja o sonho da pessoa, esse sonho é realizável. Ninguém seria louco de sonhar com o impossível.
Mas é preciso um bom preparo, planejamento, ação e perseveração. Só sonhar é perder tempo. Por quase impossível que seja o sonho, ele está do lado de cá do possível...
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