"O BBB vive do paradoxo, por isso pira tanto as torcidas. É uma bobagem? É. É profundo pra caramba? É. Vai lidar com um paradoxo desses". A frase é do porta-voz do programa, Pedro Bial, ou apenas Bial para praticamente todo o Brasil. E acho que diz muita coisa, não apenas sobre o programa, mas sobre qualquer tipo de entretenimento jornalístico, principalmente os que envolvem celebridades ou aspirantes à fama.
Porquê essa necessidade de viver os outros? Porquê a necessidade de revistas como a Caras, Quem, Contigo...? Não quero desmerecer esse tipo de publicação, como muitos fazem. Acredito que nesse caso, a crítica não deve ser dirigida ao meio, mas ao fim, ou seja: ao consumidor. Elas existem pois há quem compre, e não são poucos.
Acho que a frase do Pedro diz muito, pois, para mim, fala uma verdade. Acredito que se faz uma projeção de nossos problemas, frustações, ansiedades, desejos, nos outros (geralmente os famosos). Desde um Obama, consagrado como salvador durante as eleições até uma Paris Hilton, uma socialite que supostamente não tem muito o que dizer. Essa projeção é fútil? É. Mas é profunda? É.
Nunca satisfeitos com o que somos, sempre temos aspirações de coisas externas, quase nunca palpáveis, como é o caso das celebridades. Desviar os olhos do exterior para o interior; talvez assim deixemos de ter esse paradoxo.
Bernardo Staut
Porquê essa necessidade de viver os outros? Porquê a necessidade de revistas como a Caras, Quem, Contigo...? Não quero desmerecer esse tipo de publicação, como muitos fazem. Acredito que nesse caso, a crítica não deve ser dirigida ao meio, mas ao fim, ou seja: ao consumidor. Elas existem pois há quem compre, e não são poucos.
Acho que a frase do Pedro diz muito, pois, para mim, fala uma verdade. Acredito que se faz uma projeção de nossos problemas, frustações, ansiedades, desejos, nos outros (geralmente os famosos). Desde um Obama, consagrado como salvador durante as eleições até uma Paris Hilton, uma socialite que supostamente não tem muito o que dizer. Essa projeção é fútil? É. Mas é profunda? É.
Nunca satisfeitos com o que somos, sempre temos aspirações de coisas externas, quase nunca palpáveis, como é o caso das celebridades. Desviar os olhos do exterior para o interior; talvez assim deixemos de ter esse paradoxo.
Bernardo Staut
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