Todos já passaram por situações onde um acaba definindo o todo. Desde a infância, quando um dos alunos fazia todos perderem o recreio, a situação já ocorria. Agora, um pouco mais pesado do que o primeiro grau, quem pode ficar em má situação é a ayahuasca, o chá tomado em cerimônias religiosas organizadas pelo Santo Daime, Barquinha, União do Vegetal, entre outros.
Após o assassinato de Glauco, o famoso cartunista, que também era líder de uma igreja daimista, a ayahuasca volta de novo a ser discutida. Bebida milenar, o seu uso vêm desde os índios e seus rituais xamânicos, que foram passados aos cablocos amazônicos, fundadores das primeiras seitas ayahuasqueras. O grande tópico das discussões é sua liberação para consumo em rituais legalizados, já que muitos afirmam que ela não seria muito diferente de um narcótico comum.
Pessoalmente, conheço pessoas que já tomaram o chá, e afirmam categoricamente que ele é responsável por mudanças muito positivas. Fumo, drogas, alimentação ruim, egocentrismo: são alguns dos aspectos que mais são citados. Já existem estudos que apontam o uso da bebida para tratamento de depressão e vício em drogas pesadas, além do seu uso não ser perigoso, já que foi comprovado que é impossível existir uma overdose, e mesmo grávidas ou crianças não mostram consequencias ruins com seu uso.
Mas agora, após alguns casos que explodiram na mídia, um aspecto cultural pode ser perdido, além de suas possibilidades medicinais.
Bernardo Staut