Os Esganados
A única reforma tributária possível no Brasil é aquela que aumenta impostos. Já temos IPVA, IPTU, ISS, ICMS, IR e, agora, querem ressuscitar uma nova versão da CPMF, desta vez com o nome de CSS, ou “Contribuição Social para a Saúde”...
Quantos impostos você pagará ao longo desta sexta-feira, leitor?
Impossível responder, tantos são os impostos indiretos que incidem sobre tudo – das nossas pastas de dente e papel higiênico às nossas hortaliças, dos remédios contra a pressão alta até as alfaces ali da feirinha...
A sanha fiscal do governo só é menor que o anunciado recrudescimento da inflação, já de tocaia para 2010. A fera arreganha os dentes e mostra o seu rabo em forma de lança. Ou seja: mais um “imposto” para esmagar o pobre contribuinte.
Um iluminado tributarista do Planalto chegou a sugerir ao chefe da Receita a tributação dos cheques pré-datados. Quer colocar um IOF em cima deles.
Já imaginaram? Na vida e na economia informal, duas coisas são certas: a morte e o cheque pré-datado... Pois o governo quer taxar até mesmo as promessas de pagamento.
Aliás, o que é mesmo que o governo não quer taxar?
O sólido e o líquido, o gasoso e o gozoso, tudo já foi ou está para ser tributado. Falta lançar taxas e emolumentos sobre o ar que se respira, apesar de reconhecidamente poluído.
Coitadinho do “pré-datado”. Cartão de crédito dos sem-dinheiro, daqueles coitadinhos que só podem comprar um liquidificador em 30 prestações – com juros de agiota – o “pré” é um cheque com cadastro a “ser aprovado”. É o tal “bom para o dia tal”... Cobrar imposto sobre essa promessa é um pecado digno do Marquês de Sade.
Valha-nos Santa Edwiges, a redentora dos endividados! Valha-nos São Expedito, o avalista dos sem-fundos!
Perdoai as nossas dívidas! Não é o que reza o Pai Nosso?
E que o Pai nos proteja contra a promessa de inflação para 2010. Parece incrível: se aumenta a procura por bens e serviços, com o reaquecimento da economia, a antiga Besta volta a assombrar os brasileiros.
Será impossível crescer, vender, movimentar o comércio, gerar empregos sem gerar inflação?
A culpa é dos eternos “esganados”. Não podem ver alguém interessado num produto. Logo pensam em aumentar o preço.
É a tal cultura da usura. Que, no Brasil, tem direito até a torcida organizada.
Quantos impostos você pagará ao longo desta sexta-feira, leitor?
Impossível responder, tantos são os impostos indiretos que incidem sobre tudo – das nossas pastas de dente e papel higiênico às nossas hortaliças, dos remédios contra a pressão alta até as alfaces ali da feirinha...
A sanha fiscal do governo só é menor que o anunciado recrudescimento da inflação, já de tocaia para 2010. A fera arreganha os dentes e mostra o seu rabo em forma de lança. Ou seja: mais um “imposto” para esmagar o pobre contribuinte.
Um iluminado tributarista do Planalto chegou a sugerir ao chefe da Receita a tributação dos cheques pré-datados. Quer colocar um IOF em cima deles.
Já imaginaram? Na vida e na economia informal, duas coisas são certas: a morte e o cheque pré-datado... Pois o governo quer taxar até mesmo as promessas de pagamento.
Aliás, o que é mesmo que o governo não quer taxar?
O sólido e o líquido, o gasoso e o gozoso, tudo já foi ou está para ser tributado. Falta lançar taxas e emolumentos sobre o ar que se respira, apesar de reconhecidamente poluído.
Coitadinho do “pré-datado”. Cartão de crédito dos sem-dinheiro, daqueles coitadinhos que só podem comprar um liquidificador em 30 prestações – com juros de agiota – o “pré” é um cheque com cadastro a “ser aprovado”. É o tal “bom para o dia tal”... Cobrar imposto sobre essa promessa é um pecado digno do Marquês de Sade.
Valha-nos Santa Edwiges, a redentora dos endividados! Valha-nos São Expedito, o avalista dos sem-fundos!
Perdoai as nossas dívidas! Não é o que reza o Pai Nosso?
E que o Pai nos proteja contra a promessa de inflação para 2010. Parece incrível: se aumenta a procura por bens e serviços, com o reaquecimento da economia, a antiga Besta volta a assombrar os brasileiros.
Será impossível crescer, vender, movimentar o comércio, gerar empregos sem gerar inflação?
A culpa é dos eternos “esganados”. Não podem ver alguém interessado num produto. Logo pensam em aumentar o preço.
É a tal cultura da usura. Que, no Brasil, tem direito até a torcida organizada.
Sérgio da Costa Ramos, no Diário Catarinense de 27/11/09
Rafa
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