Acredito que todos estão acompanhando o que está acontecendo no Rio de Janeiro, ou pelo menos já ouviram falar o mínimo sobre o assunto. Desde Dezembro do ano passado já morreram 256 pessoas devido às chuvas, e mais corpos continuam a ser encontrados.
Agora, após o caos, o governador do estado autorizou a remoção de 8 comunidades das áreas de risco. A idéia inicial é pagar uma quantia de 400 reais para que as famílias retiradas possam morar em outro local, enquanto as novas habitações não são construídas.
Há quem seja contra uma maior presença do Estado na vida das pessoas. No meu modo de encarar, prefiro o relativismo, analisar cada tipo de tentativa. Claro que a fama ruim do assistencialismo veio de políticas que não fizeram nada mais do que entregar algo que não agregue nada a longo prazo, apenas satisfazendo um curto período (até as novas eleições). Mas nesse caso, acredito que a política, se cumprida de modo adequado, até demorou demais pra acontecer. Ao invés de um vale-celular, estará se entregando uma base para o futuro.
Passando a palavra para quem entende do assunto, o presidente do Movimento Popular de Favelas (MPF), William Oliveira, que é também ex-presidente da Associação de Moradores da Rocinha: “Eu sou nascido e criado na Rocinha e moro há 38 anos nesta favela. Muita gente vai me criticar, mas posso dizer que, se os governantes tivessem tido mão de ferro para fazer remoções, essas tragédias não ocorreriam”.
Bernardo Staut
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