Após os acontecimentos no Couto Pereira (minha postagem anterior), chegou a hora de vigiar e punir. A polícia reuniu todas as imagens da imprensa, para análise e divulgação na internet, em busca de reconhecer os torcedores que participaram da invasão e do vandalismo pela cidade. Até o momento, foram presas 17 pessoas, inclusive o suposto responsável por acertar o policial que desmaiou. Entre os capturados, também estão o vice-presidente da Império e o ex-presidente dela, que nas imagens aparece dando uma rasteira em um torcedor do Fluminense.
Até ai, tudo bem. As denúncias chegam e a polícia age. Mas agora começam a aparecer diversas propostas de lei, que vão da punição do clube pela ação dos torcedores até a extinção das torcidas organizadas. Parece que voltamos aquela fase colegial, em que a professora punia todos pela ação do bagunceiro, para depois gerar revolta contra ele.
A punição do clube deve acontecer pela falta de estrutura, segurança e aviso, mas não pelo comportamento dos torcedores. Para isso usamos tecnologia - vigiar -, preparo da polícia e punição. Sobre a criminalização das torcidas organizadas, enxergo dois problemas: falta de resultado, tendo em vista o exemplo da mancha verde do palmeiras, que foi extinta, mas voltou com outro nome. Obviamente caso fossem todas extintas não haveria possiblidade de volta, mas seria clandestino, como acontece com tudo que é terminantemente proibido. Outro ponto é o exagero da punição; como se os 8 mil cadastrados, ou o simples fato de se estar em uma torcida organizada faz de você um vândalo.
Fico com a impressão do desespero das autoridades, punindo qualquer um, desde que haja alguma ação. Ação deveria ter sido tomada antes, para prevenir e controlar.
Bernardo Staut
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