Herman Melville foi bancário, professor, fazendeiro e guarda alfandegário. Mas, como ficou mais conhecido, também foi escritor. Conheceu o auge e o declínio. Seus primeiros livros, de apelo popular, fizeram muito sucesso, principalmente nos EUA, sua terra natal; mas com um tom cada mais introspectivo em suas obras acabou caindo no esquecimento.
Pra quem não sabe, Herman é o autor de Moby Dick, ou A Baleia Branca. Não sei quanto a vocês, mas sempre pensei que, apesar de ser considerado um clássico da literatura, não passava de uma história fictícia dos mares. Grande engano. Apesar de ainda não ter acabado suas mais de 500 páginas, posso afirmar: não é a história de um peixe. Todo o livro parece - ou é - uma metáfora e uma reflexão. Desde o capitão Ahab e sua vingança doentia contra a baleia branca que o deixou sem uma perna até o narrador Ihsmael, que embarca em um navio baleeiro para afastar a melancolia e o cansaço.
Herman, que embarcou algumas vezes em navios de caça baleeiros, não apenas conta a história, mas ensina muito sobre a vida e o funcionamento de uma viagem deste tipo. Surpreendente é o tempo de cada viagem: em média 3 anos. Parece absurdo, mas depois de ler o relato da fusão com o mundo e com o oceano, quando se está de vigia no topo do mastro principal...não é tão absurdo assim.
Bernardo Staut
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