Memorial de Katyn

Assisti ontem ao filme polonês Katyn, de 2007, indicado ao Oscar de melhor filme estrangeiro de 2009. O episódio central do filme é o massacre de Katyn, episódio ocorrido na Segunda Grande Guerra e responsável pela morte de 20 mil oficiais, podendo variar para mais ou para menos, de acordo com a fonte.

O filme - ao contrário do que possa parecer - não é exatamente de ação, soando mais como um 'documento histórico', centrado mais no diálogo do que na luta. O massacre, que por muito tempo foi atribuído aos nazistas, mais tarde foi comprovado como um ato dos soviéticos de Stalin, que ocupavam a Polônia naquela época, e só seriam expulsos em 1968, na famosa Primavera de Praga.

O motivo dos oficiais terem sido executados fica claro em uma frase do filme: "tanques e armamentos podem ser reconstruídos, mas oficiais não". Como tudo o que é moderno, os oficiais foram executados de forma sistemática e em série, com um tiro na nuca. Moderno como o Holocausto, que - sem lhe tirar a gravidade - acaba ofuscando os outros genocídios ocorridos na guerra, entre eles o dos ciganos, as testemunha de Jeová e os citados poloneses, que agora são relembrados nesse ótimo filme.

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Bernardo Staut